Tutmés Airan discute redução de homicídios de jovens negros na Câmara dos Deputados

Desembargador, que é coordenador de Direitos Humanos do TJAL, defende a união dos três poderes para encontrar uma solução contra o racismo estrutural

O desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, coordenador de Direitos Humanos (CDH) do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), participará de audiência pública sobre o tema "Pacto pela redução dos homicídios dos jovens negros no Brasil", na Câmara dos Deputados, na próxima quinta-feira (6), às 10h.  

O requerimento junto à Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados para a realização da audiência pública é de autoria da deputada Benedita da Silva e do deputado Paulão.

Segundo o desembargador Tutmés Airan, a ideia da audiência pública partiu da CDH do TJAL, tendo um grande simbolismo, considerando que Alagoas foi berço da maior resistência em terras brasileiras à escravidão. Para ele, a escravidão é a base do racismo estrutural que marca a sociedade.

“Nós acreditamos que o problema é gravíssimo, morre muitas vítimas negras de crimes violentos no Brasil, especialmente em Alagoas. Evidentemente que não pode perdurar esse problema grave, o que impõe que os poderes se deem as mãos para encontrar uma solução. Nós não podemos assistir isso naturalizando. A ideia é criar um pacto republicano que envolva os três poderes a partir da construção de uma agenda comum de combate a essa manifestação terrível do racismo”, explicou.

O juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e doutor em Ciências Criminais, especialista em crimes de ódio, Edinaldo César Santos Júnior também participará da audiência pública que contará com representantes do Ministério da Igualdade Racial, Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Coalizão Negra Por Direitos e do Movimento Negro Unificado (MNU).

Foto: Adeildo Lobo

Robertta Farias - Dicom TJAL


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